Nesta sexta-feira (27), a 3ª Vara Criminal de Santarém, no oeste do Pará, sediou o maior júri de 2024, que resultou na condenação de seis dos oito acusados por crimes hediondos, incluindo homicídio qualificado, tortura e associação criminosa armada. As penas dos condenados variam entre 32 e 42 anos de prisão, a serem cumpridas em regime fechado.
Os condenados Itamar Viana de Jesus, Diego Viana de Jesus, Arão Viana de Jesus, Osiel Viana de Jesus, Gedeão Viana de Jesus e Marcelino Palma de Jesus tiveram suas prisões preventivas mantidas. Já os réus Ronald Castro Cardoso e Leonardo Santos de Sousa foram absolvidos por falta de provas suficientes.
O caso julgado se refere a um crime brutal ocorrido em 2 de janeiro de 2023, no Ramal Santa Maria, próximo à rodovia Fernando Guilhon. Após um desentendimento em um bar, Aleksander Guimarães Sena e outras três pessoas foram agredidas violentamente pelos acusados. Aleksander foi executado, enquanto as demais vítimas foram torturadas e mantidas sob ameaça. O corpo de Aleksander foi encontrado com sinais de tortura e perfurações de tiros.
O julgamento, que começou na quinta-feira (26), foi presidido pelo juiz Gabriel Veloso de Araújo e contou com a participação dos promotores de Justiça Mariana Dantas de Macedo e Diego Libardi Rodrigues. A defesa foi representada pelos advogados Igor Dolzanis, Vinicius Martins e Marcos Nadalon, e a Defensoria Pública do Estado do Pará, por Vinicius Toledo. A sessão foi transmitida ao vivo pelo site do Tribunal de Justiça do Pará, atraindo grande atenção pública.
A condenação dos seis réus foi baseada em provas contundentes e testemunhos que confirmaram suas participações no crime. Por outro lado, a absolvição de Ronald e Leonardo ocorreu pela ausência de evidências que os ligassem diretamente aos atos de homicídio e tortura.